FIEG implanta seu Conselho Temático do Agronegócio e na primeira reunião, busca fortalecer a Silvicultura
Dentro do trabalho da Federação das Indústrias do Estado de Goiás – FIEG, no que concerne lidar com os interesses de seus associados, existe agora também o Conselho Temático do Agronegócio. Ele engloba cinco grandes seguimentos da economia goiana: as cadeias, láctea, carne, grãos, sucroenergético e silvicultura.
Esse Conselho Temático é presidido pelo médico veterinário Alfredo Luiz Corrêia que é também diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado de Goiás – Sindileite.
Pela primeira vez o Conselho se reuniu na sede da FIEG no Setor Vila Nova, em Goiânia, oportunidade em que empossou todos os seus representantes. Nessa primeira reunião, o foco foi buscar iniciativas em favor da cadeia da Silvicultura (madeira de reflorestamento), cujo coordenador é o empresário Marduk Duarte que é também vice-presidente do Conselho Temático.
Na primeira parte da reunião, o foco foi a produção energética a partir da madeira que envolve ações que a Federação das Indústrias do Estado de Goiás vem desenvolvendo para a silvicultura, comércio e a atração de indústrias que trabalham com a base florestal, etc.
Na segunda parte da reunião, foi tratado com o Sebrae o plano de desenvolvimento florestal do estado de Goiás, que congrega todas as cadeias de eucalipto, seringueira, mogno e outras culturas.
Esta primeira reunião, contou também com a presença do deputado Virmondes Cruvinel Filho – (Cidadania), que preside a Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás. O parlamentar elogiou a implantação desse Conselho Temático e se colocou totalmente à disposição dos interesses dos seguimentos que o compõem, principalmente o de Silvicultura que está dentro do foco da Comissão que ele preside.
Silvicultura em Goiás
Marduk Duarte falando sobre os objetivos do Conselho Temático, na parte de Silvicultura ele quer transformar Goiás numa área que atraia indústrias da base florestal que agregam muito valor para os investidores e, consequentemente, para a economia goiana.
Ele citou como exemplo o PIB de Mato Grosso do Sul que há 15 anos, a Silvicultura representava 2% de seu potencial. Hoje são 28,5%. O estado agregou cerca de 26,5% do valor total de seu PIB, só com a Silvicultura nos seguimentos celulose, madeira serrada, compensado, energia etc. Para ele, esse exemplo deve ser seguido por Goiás, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, áreas consideradas as mais pobres do Estado mas que possuem solos ricos e propícios para a atividade. Além disso, vai favorecer e muito, a contratação de mão-de-obra e a exportação com o uso da Ferrovia Norte Sul ou seja, transformar Goiás num Estado com grande base florestal.
Contexto Nacional
Em se tratando de Silvicultura, Goiás apesar de seu grande potencial, está muito atrasado em relação a outros estados. Para se ter uma ideia, o seguimento fez um levantamento e descobriu que o Estado tinha até 2017, 150 mil hectares de florestas de eucaliptos plantadas. Hoje tem apenas 70 mil. Minas Gerais tem dois milhões e meio de hectares. Mato Grosso do Sul hum milhão e duzentos e Bahia hum milhão e meio ou seja, Goiás não tem nada.
Salientou Marduk que, diante desse cenário, o Conselho Temático do Agronegócio da FIEG vai trabalhar no sentido de que sejam plantadas florestas de diversas culturas em áreas estratégicas com infraestrutura e logística agregando valor à madeira no sentido de que daqui a 10 ou 15 anos, Goiás tenha uma boa estrutura nesse seguimento.
Buscando incentivos
Buscando investidores, o Conselho Temático vai ajudar nos projetos específicos através de instituições como Banco do Brasil, FCO, Programa Produzir do Governo do Estado, etc. – “Temos que buscar essas ferramentas para os investidores porque são empresas de grande porte com grandes tecnologias que vão dar a Goiás, um novo rumo em se tratando da Silvicultura,”- esclareceu Marduk, reforçando que há algum tempo, setores como Sebrae, Embrapa, Governo do Estado, FIEG, Fecomércio, FAEG – Federação de Agricultura e Pecuária, estão trabalhando nessas vertentes. “Para tanto, estamos divulgando essa iniciativa em todos os sistemas de comunicação dos quais possamos lançar mão,” segundo o coordenador. Falou ainda que existe também um projeto no sentido de se montar uma Associação com o apoio do Sebrae que falará em nome da cadeia florestal do Estado.
Sobre a vegetação nativa do Estado que tem sido prejudicada de alguma forma na busca de madeiras diversas, Marduk Duarte disse que o fortalecimento da cadeia com a formação de floresta, vai beneficiar e muito essa vegetação. Isso porque, as opções serão outras e de forma legal mesmo porque, não se derruba floresta para plantar outra – reforçou. “Se usa sim, pastos degradados ou áreas outras, propícias para florestamento”, – finalizou Marduk.
Conselho Temático
Antes da posse do Conselho Temático do Agronegócio, o presidente Alfredo Luiz Corrêia fez um pronunciamento de boas-vindas aos componentes. Salientou que o trabalho de todos será fundamental para o sucesso dessa nova empreitada em favor de Goiás. Alfredo disse ainda que o Conselho já nasceu forte, a medir pelas presenças de seus participantes que são pessoas altamente preparadas, com muita vivência em cada seguimento que atuam e é disso que Goiás e nossas cadeias do agronegócio estão precisando, segundo finalizou Alfredo.
Empossados
Abílio Rodrigues Pacheco e Alisson Moura Santos, Embrapa; Ana Carolina C. Pereira e Antônio Carlos da Costa, Abrabor; Antônio Chavaglia, Comigo; Bruno Netto do Espírito Santo, representante da vice-governadoria; Camila Crispim Baiocchi Hermano, FIEG/CTCOMEX/CODEV; Cristiano Viana Franco, Vale Vivo Florestal; Cybele Maria Bretas Vasconcelos, Sebrae; Danusia Arantes Ferreira, Fecomércio/Senac; Edwal Freitas Portilho, (Chequinho) Adial; João Asiune Sobrinho, Floresta Azul; Jordana Gabriel S. Girardello, FAEG; Lourival de M. Fonseca Júnior, Alego; Paulo Henrique Magalhães, Adial; Pedro Jaime de A. Caldas, Arbo; Pedro Silvério Pereira, Sindimóveis; Ricardo Cantaclaro e Sarkis Nabi Kuri – CIC – FIEG; Vera Lúcia Elias de Oliveira, Sebrae e Pedro Vilela Gondim Barbosa, AGEF.
Texto: Imprensa Sindileite/Fundepec
Fotos: Tatiana Reis – imprensa FIEG