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Cesar Helou

Este é o Sr. Cesar Helou, proprietário do Laticínios Bela Vista junto com o irmão Sr. Marcos Helou. Cesar nos conta sobre como tudo começou. O Laticínios Piracanjuba surgiu em 1955, mudando posteriormente para Laticínios Skaf e chegando ao atual nome Laticínios Bela Vista sempre levando o nome comercial Piracanjuba.

O depoente conta que em 1955 o gado em Goiás era de corte e na época de chuvas os bovinos davam um volume maior de leite, então o fazendeiro tirava, desnatava em uma desnatadeira manual dando origem ao soro que tinha esse nome na época, usado para engorda de porcos e o creme que acumulava em latões, era recolhido semanalmente por um caminhãozinho que passava na propriedade.

Seu pai Sr. Salé, nascido em 1926 na cidade de Urutaí mudou-se ainda jovem para São Paulo, construiu uma casa que em 1974, foi trocada por uma pequena fábrica em Piracanjuba, Goiás, que até então era propriedade do Sr. João Skaf, tio do jovem Cesar Helou que na época tinha apenas 13 anos de idade. O depoente conta que após essa troca de propriedades, a família veio para Goiás onde seu pai investiu dedicação na fábrica e os irmãos, Cesar e Marcos vieram morar em Goiânia na casa de uma tia para poderem estudar. Marcos foi para São Paulo estudar engenharia e posteriormente, nal de 1978 Cesar também foi para a capital paulista dedicar ao mesmo curso universitário. Enquanto isso, seu pai em Goiás trabalhando na fábrica num período que a produção leiteira aumentava em Goiás, já com a Gogó, Leite Dona,Leitbom, Laticínios Marajó e outros, sendo um período de crescimento, mesmo com algumas empresas enfrentando diculdades.

Os irmãos Helou ao perceberem que seu pai, Sr. Salé precisava de ajuda no laticínio resolveram então que Cesar viria para Goiás, pois já havia terminado os estudos e na época trabalhava em uma agência bancária. Em 1985, Cesar veio para colaborar com seu pai e tentar equilibrar a pequena empresa, infelizmente, três meses depois seu pai veio a falecer. A partir daí os irmãos e a mãe tomara a decisão de unir forças para reerguer a empresa, quitar dívidas e reestruturar.

Fez parte da associação ALBRACEN – Associação dos Laticinistas do Brasil Central que na época era formada por laticinistas de Goiás e Triângulo Mineiro e passou a ter contado com várias outras pessoas do meio lácteo. Com acesso a conhecimento, pessoas e ao lado do grande crescimento que Goiás teve no início dos anos noventa com a melhoria da genética do gado que foi trazido do sul, os irmãos Helou tiveram a oportunidade de abrir a fábrica mais moderna do Brasil em 1998 dando um grande salto de qualidade e vários clientes foram surgindo.

O depoente fala da importância do SINDILEITE que desde que surgiu, nos anos noventa, tem ajudado os empreendedores do ramo lácteo a driblar as diculdades burocráticas que às vezes faz os produtores desistirem do mercado. Cesar fala que tem orgulho da empresa ser goiano e pelo fato de não ter nascido em Goiás, tem orgulho de ser um cidadão goiano!

Finaliza dizendo sobre a importância da FIEG – Federação das Indústrias do Estado de Goiáscom seu apoio junto aos sindicatos na busca de melhorias junto aos Governos. Ao ser perguntado sobre “qual a importância do registro… do projeto Memorial da Indústria…” Cesar responde que foi uma ideia fantástica e dá um exemplo dizendo que hoje as crianças não sabem o que é um alfaiate, estes que tempos atrás eram os industriários, foram os precursores da indústria e um registro sobre estes pioneiros, principalmente em audiovisual, diferente de um livro que pode acabar sempre empoeirado em uma estante, é de extrema importância, pois falas de pessoas contando uma História é de grande valia para futuras gerações verem e ouvirem como tudo começou.

FONTE: MEMORIAL DA INDÚSTRIA

Depoimento em: 08/11/2018