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Evento científico em Goiânia discute qualidade do leite e tecnologias para tratamento da mastite

O auditório do Sindicato e Organização das Cooperativas – OCB em Goiânia, sediou na tarde de segunda-feira (29), um grande evento reunindo especialistas e dois assuntos principais foram abordados: mastite e a qualidade do leite. A promoção foi do Laboratório Qualileite da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo – USP; Laboratório OnFarm e Lac Consultoria, (Anápolis) com apoio do laboratório Hippa (Espanha) e Centroleite-Go.

Os temas abordados foram: “Como usar a cultura na fazenda para o controle da mastite,”pelo professor Marcos Veiga – Qualileite-USP; “Seu equipamento de ordenha está operando como deveria,”pelo especialista Rafael Ortega Arias de Velasco, gerente técnico do Hippa. Esse laboratório é referência mundial em prevenção na saúde animal. Ele deu várias explicações sobre o manejo correto e a limpeza dos equipamentos sem as quais, não se fala em qualidade de leite.

Ainda fez parte da agenda de palestras, uma apresentação do que é a Lac Consultoria, pelo seu diretor presidente, Lomanto Maraes e “Sistemas da OnFarm na prática, Med. e Vet, Eduardo Pinheiro.

O evento foi destinado a produtores de leite, técnicos em laticínios, estudantes, empresários, imprensa especializada e outros seguimentos interessados em modernas tecnologias sobre como buscar melhor qualidade do leite. Todos esses entes que participaram desse evento, são parceiros no processo de levar ao produtor, o que há de mais moderno em tecnologia na cura de mastite e qualidade do leite.

Modernos tratamentos de mastite

Em sua palestra, “Como usar a cultura na fazenda para o controle da mastite,” o professor Marcos Veiga, – um dos maiores especialistas mundiais no assunto, -explicou que as novas técnicas para definição de agentes bacterianos provocadores de mastite, já podem ser conhecidos, cultivando-os em recipientes específicos e eles são definidos pela cor apresentada pela colônia. Isso evita excessos de medicamentos e erros também na aplicação desses numa espécie de “chute,” para eliminar os agentes patógenos.

Como exemplo citou: colônias de cor rosa, são de estafilococos aureus; azul escuro, estafilococos, uberis; azul claro agalactiae os chamados gram positivos.

O professor Marcos Veiga e sua equipe há vários anos vêm realizando uma série de experiências nesse sentido utilizando no total, cerca de 6 mil vacas leiteiras. Os estudos alcançaram grandes avanços no tratamento da mastite e uma das técnicas é justamente cultivar os agentes causadores e, pela cor das colônias, definir os protocolos de tratamento. Essa técnica não substitui os laboratórios de análises, mas adiantam o trabalho porque uma vez detectada a mastite se for leve, moderada ou grave, nos dois primeiros casos pode começar o tratamento 24 ou 36 horas depois porque o organismo da própria vaca afetada, pode reagir evitando medicamentos.

O que são as placas para o desenvolvimento de culturas bacterianas e sua identificação

Programas de cultura microbiológica estão sendo implantados em rebanhos leiteiros para o tratamento direcionado e/ou seletivo de infecções intramamárias. A disponibilidade de resultados rápidos de cultura na fazenda (<24 horas) permite aos produtores de leite tomar decisões estratégicas de tratamento, o que pode resultar na redução do uso de antimicrobianos sem afetar a eficiência dos tratamentos.

O Laboratório Qualileite oferece aos seus clientes quatro meios de cultura em placas de Petri, os quais podem ser utilizados para identificação de agentes causadores de mastite em rebanhos leiteiros ou para uso em laboratórios especializados de microbiologia:

  • Placas com Agar sangue – meio de cultura não seletivo utilizado para o crescimento de microrganismos aeróbios não fastidiosos.
  • Placas com Agar MacConkey – meio de cultura seletivo, destinado para a detecção, isolamento e contagem de bactérias Gram-negativas, especialmente coliformes.
  • Placas para o teste de CAMP – O teste de CAMP é usado para diferenciar bactérias do gênero Streptococcus com base nos padrões de hemólise bacteriana. Este teste permite diferenciar Strep. agalactiae de outras espécies de Streptococcus causadoras de mastite, tais como Strep. dysgalactiae e Strep. uberis.
  • Placas bi-partidas compostas pelos meios Agar sangue e Agar MacConkey – Esta placa é frequentemente usada em programas de cultura na fazenda. É constituída por dois meios de cultura que possibilitam a diferenciação entre bactérias Gram-positivas (crescimento apenas em Agar sangue) de bactérias Gram-negativas (crescimento em ambos os meios).

Os pedidos para compra de placas podem ser realizados por telefone ou acessando a área cliente. P telefone do Laboratório Qualilete é o (19) 3565-4227 e o e-mail também para consultas é o qualileite@usp.br

Texto e fotos: Imprensa Sindileite Goiás

Fonte: Qualileite