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Fieg leva Ministério Público para conhecer a cadeia produtiva do leite, em Piranhas

“A cadeia produtiva do leite precisa voltar a ter o espaço que tinha anteriormente: com Goiás como o segundo grande produtor de leite, que emprega muita gente e é historicamente importante no Estado. É um setor importante que gera emprego, renda e tributos. O Ministério Público tem que estimular, apoiar essas iniciativas todas, que são importantes para a economia do Estado e aumento da arrecadação”, declarou o promotor de justiça Fernando Krebs, em visita à Centro-Oeste Laticínios, em Piranhas, nesta quarta-feira (25/11).

É a quarta cadeia produtiva que a Federação das Indústrias apresenta ao Ministério Público, dentro do esforço para mostrar como são utilizados os incentivos fiscais nas atividades industriais. O promotor já visitou a cadeia produtiva do milho e soja, na Caramuru Alimentos, em Itumbiara; do frango, na Só Frango, em Nerópolis; e sucroenergética, na Usina SJC São Francisco, em Quirinópolis. Desta vez, o vice-presidente da Fieg André Rocha acompanhou Fernando Krebs na visita à planta industrial da Centro-Oeste Laticínios, em Piranhas, Região Oeste do Estado.


Fotos: Alex Malheiros

“É uma grande oportunidade apresentar para a sociedade a importância das cadeias produtivas para o desenvolvimento da economia goiana e para a melhoria dos indicadores sociais do Estado de Goiás”, pontuou André Rocha.

O empresário destacou que a indústria é a segunda maior empregadora da região e, após receber incentivos fiscais, teve condições de crescer e desenvolver o município. “Nós precisamos melhorar a carga tributária para esse setor.  No Rio Grande do Sul, é cinco vezes menor do que é em Goiás, assim como em outros Estados, a exemplo de Minas e Paraná. Goiás já chegou a ter o segundo maior rebanho leiteiro do País e hoje está em quinto lugar, nós caímos muito. Goiás precisa de uma política de estímulo e fomentar essa atividade produtiva que é tão importante, diminuindo o êxodo rural e gerando emprego e renda no campo”, afirmou.

Presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado de Goiás (Sindileite) e proprietário da Centro-Oeste Laticínios, Alcides Augusto da Fonseca, destacou que a cadeia produtiva do leite emprega, direta e indiretamente, mais de 220 mil pessoas em todo o Estado e defendeu uma política de incentivos que possa dar competitividade ao setor. “O grande problema das indústrias goianas não é quanto vamos pagar de impostos ou quanto vamos deixar de pagar, mas sim ter competitividade com as indústrias de outros Estados. Se nós não temos competitividade, nós perdemos a participação no mercado e isso vai fazer com que, ao invés da arrecadação aumentar, ela vai diminuir”.

Fonseca destacou a presença do promotor à indústria. “A visita do promotor às indústrias é extremamente importante para ele ver a realidade de cada setor, que cada um tem sua particularidade, aqui ele conheceu como é o processo de fabricação do leite, da coleta feita pelo produtor rural até chegar à indústria”, disse.

O presidente do Sindileite explicou a criação da Câmara Técnica e de Conciliação da Cadeia Láctea do Estado de Goiás, em 2019, voltada para atender aos anseios de produtores de leite e das indústrias de laticínios, visando proporcionar maior integração, cooperação e competitividade à cadeia leiteira goiana. “A Câmara Técnica é muito importante, não só para poder dirimir dúvidas, a respeito de preço leite, mas sim para levantar os problemas que existem no setor e gestionar junto ao órgãos competentes”, enfatizou.

O diretor executivo do Sindileite, Alfredo Luiz Correia, falou como o sindicato trabalha para o crescimento do setor lácteo com programas de capacitação e instrução, como Boas Práticas Agropecuárias, Leite e Boas Práticas de Transporte e atividades junto aos produtores rurais.

Os empresários Alcides Augusto da Fonseca Júnior e Alexandre Bueno, filhos do presidente do Sindileite, mostraram como os incentivos impactaram a indústria, com um novo parque fabril que passou a industrializar o soro de leite de outros laticínios que antes era descartado, gerando mais empregos, renda e fortalecendo os pequenos laticínios. Segundo os empresários, a indústria gera hoje 240 empregos diretos e 2.640 indiretos.