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Tecnologia no campo: Dicas para prevenir ataques cibernéticos

Responsável por 24,8% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, conforme pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), o agronegócio movimentou mais de 10 trilhões em 2023, um crescimento real de 2,9% em relação a 2022. 

 

Agronegócio, que engloba desde a produção agropecuária até a comercialização dos produtos agrícolas, vem se transformando rapidamente com o avanço da tecnologia. No entanto, essa mesma tecnologia que impulsiona o setor, também traz consigo potenciais riscos e vulnerabilidades que podem ser explorados por cibercriminosos.

 

Assistentes virtuais, treinamentos virtuais, drones, estações meteorológicas, plataformas digitais, realidade virtual aumentada, drones, Inteligência Artificial (IA), computadores e celulares são soluções cada vez mais presentes na jornada do produtor e concorrem para que o agro alcance cifras  invejáveis.Mas, essas comodidades têm um preço.

 

Como exemplo, tome  um banco de dados sobre mercado e custo de produção. Valioso para quem produz e para os criminosos que vivem de explorar vulnerabilidades em computadores, redes, sistemas e outros dispositivos. 

 

“Se essas informações forem parar nas mãos de quadrilhas digitais, os estragos podem ser incalculáveis”, alerta Tiago Sabino, especialista em cibersegurança com 15 anos de atuação na área de tecnologia.

 

De olho nos lucros 

 

O agro é um dos setores mais visados por cibercriminosos, alvo de 10% dos ataques registrados anualmente no Brasil, apontam  pesquisas especializadas em cibersegurança. Veja um exemplo.

 

Em 2021, a JBS, empresa de origem brasileira e maior processadora de carne do mundo, sofreu um ataque ransomware e foi chantageada pelos invasores para ter seus dados de volta, enquanto as operações do grupo ficaram suspensas em alguns países.

 

Toda a cadeia produtiva da JBS, formada por grandes, médios e pequenos fornecedores, abatedouros, frigoríficos, transportadores, clientes e colaboradores foi afetada. Os prejuízos chegaram a quase US$11 milhões, apenas no resgate do conteúdo sequestrado. 

 

Ransomware é um tipo de ataque em que quadrilhas invadem e criptografam dados da empresa deixando-a inoperante e exigindo um resgate para entregar a chave criptográfica. Só assim a empresa recupera o acesso aos seus próprios dados, caso não aconteça o pagamento, os bandidos publicam os dados na internet levando a empresa a outros problemas, como vazamentos de dados e impacto direto na LGPD (lei geral de proteção de dados).

 

Tiago Sabino chama a atenção para a necessidade de se antecipar a esses acontecimentos.“Para proteger nossos dados e evitar prejuízos, é essencial tomar medidas de segurança contra as ameaças online”, acrescenta. 

E conclui: “Use a tecnologia a seu favor para ser competitivo produzindo mais com menores custos, com automações, previsibilidade, sensores, drones e  IA. Não esperemos pelo pior para agir. 

 

Texto: Ednamar Dias

Contato assessoria de imprensa

(62) 99826-8149